quinta-feira, abril 20, 2006

CPI dos Bingos


Waldomiro Diniz: O ex-assessor da Casa Civil e ex-presidente da Loteria Estadual do Rio de Janeiro (Loterj) foi flagrado por uma câmera de vídeo pedindo dinheiro ao empresário do ramo de jogos Carlinhos Cachoeira. Na gravação de 2002, Diniz pedia a Cachoeira propina de 1% do valor do contrato que este havia assinado com a Loterj e também dinheiro para o financiamento de campanhas eleitorais do PT no Rio. À CPI dos Bingos disse que Cachoeira é quem tentou achacá-lo.


Carlinhos Cachoeira: Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, vive da exploração de jogos e gravou a fita em que Waldomiro Diniz aparece, em 2002, como presidente Loterj, pedindo dinheiro ao empresário – por conta de contrato que havia conseguida com a Loterj - para o financiamento de campanhas eleitorais no Rio.


Rogério Buratti: O advogado e assessor de Antonio Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto denunciou esquema de arrecadação de mesada de 50.000 reais da empresa Leão&Leão, da qual Buratti foi dirigente. Ele também disse que foi consultado por Palocci sobre como a campanha de Lula poderia proceder para trazer ao país 3 milhões de dólares de Cuba e ainda disse que Palocci sabia da contribuição de 1 milhão de reais feita por bingueiros de São Paulo à campanha de Lula em 2002.


Juscelino Dourado: Ex-chefe-de-gabinete do ministro da Fazenda Antonio Palocci deicxou o cargo logo depois de depoimento à CPI dos Bingos, em 1º de setembro. Suspeito de tráfico de influência e de envolvimento no esquema de propina de empresas do lixo no interior paulista. Disse ter agendado encontro de Buratti com Palocci. Continua servindo como elo entre o grupo de Ribeirão Preto e o ministro.


Antonio Palocci: Além da dúvida se Palocci sabia da corrupção no IRB, ainda pesam sobre ele acusações de corrupção na sua administração, quando era prefeito de Ribeirão Preto. A prefeitura teria recebido mesada de 50.000 reais de empresas de lixo, que teria sido direcionada para campanhas do PT.


Vladimir Poleto: Economista e também ex-assessor de Palocci quando era prefeito de Ribeirão. É amigo íntimo do secretário particular do ministro, Ademirson Ariovaldo. A VEJA confessou ter transportado caixas que teriam dinheiro de Cuba para a campanha do PT.


Ralf Barquete: Foi secretário de Finanças de Palocci em Ribeirão Preto. Morreu de câncer em 2004. Seria o articulador tanto do esquema de propina na prefeitura de Ribeirão quanto dos dólares vindos de Cuba.